tag:blogger.com,1999:blog-12206925657486373902024-02-18T20:00:42.576-08:00Ú strábicoFlorence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-37051929156439024612013-05-28T20:22:00.000-07:002013-05-28T20:27:03.686-07:00É feixe prateado e de CorSeu corpo brilha em reza, <br />
sentinela de meu caminho eu sou.
<br />
Enlacei-me das retas erradias,
<br />
dos freios mais perversos,
<br />
e aqui estamos,<br />
figurantes em papel descartável da vida. <br />
Hei de nascer a cada dia a ferro e fogo <br />
entre a extremidade de todas as beiradas. <br />
Falhas, são estas que dilacerei e cuidei,
<br />
ninei e tomei crescida em ventre inóspito,
<br />
aonde a terra não é fértil, mas o caminho hei de germinar.<br />
A promessa aos sete ventos,
<br />
chegam aos olhos senis daqueles que possuem as rédeas do mundo,
<br />
dali onde os feixes surgem pelos descuidos das nuvens. Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-49566898446495639112012-04-24T00:22:00.000-07:002012-04-24T00:22:35.776-07:00Rastejar da alma em companhiaPalavras já não cabiam mais entre os parênteses da vida. O reconhecimento da impotência me emudecera. De mãos atadas , olhei ao céu e avistei a despadronagem sempre habitual dessas que acima nos observam. Era dia de ser entregue a tempestade. Inevitável era revogar as leis que me guiavam perante a vida naquele momento. Sua presença empunhara-se. Tornara o pesar mais brando, o acalentar da culpa supostamente suportável. Ferida em alma, seus olhos rastejaram ao encontro dos meus afim de subjuga-los. A materialização da solidão apacientou a sensação de estar redescoberta pela esfera que ali me encontrava. Dobrei contigo as esquinas do susto, presenciei o cuidado que tinhas com crateras corpóreas absortas. Percebi que protagonista eras tu de tua própria carência. De invocativo "Solidão" e associação companheira, eras falsa tua identidade. Figurante estes que já nasceram apodrecidos de berço ao serem cuidados por ti. Flamejantes eram seus olhos vitrais a me espelhar. Me fizestes muda de amar e desde então, há ouvidos que clamam por vozes. <b/>Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-80580248160758798902012-01-07T23:56:00.000-08:002012-01-07T23:59:47.580-08:00GranFinaleperder o traço<br />sorrir desfecho<br />fazer despacho<br />ocultar desejo<br />sumir respeito<br /><br />o que se faz da minha vida em você.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-87021693521385953642011-09-13T23:47:00.000-07:002011-09-14T00:13:59.228-07:00Cláusulas de um fimO seu sorriso era largo <br />sua alma já estreitava seus anseios<br />seu olho negro-ébril carregava a luz de mil clamores<br />sobressalente era o encarcere de tua alma<br />debruçara sobre a lua seus despejos.<br />A solidão se avizinhara e impusera.<br /><br />"Sou o verso que me cabe<br />e só a linha me traduz" <br />As fraturas decorrentes de reiterada partida<br />Apegara-se a vista por entre a deriva de seus ossos.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-32236503374436280982011-08-09T23:12:00.000-07:002011-08-09T23:20:08.170-07:00Achados de um pouco amor"Ele estava pálido e suas mãos tremiam. Sim, ele estava com medo porque era tudo tão inesperado. Quis falar, e seus lábios frios mal puderam articular as palavras de pasmo que lhe causava a vista de todos aqueles homens preparados para matá-lo. Havia estrelas infantis a balbuciar preces matinais no céu deliqüescente. Seu olhar elevou-se até elas e ele, menos que nunca, compreendeu a razão de ser de tudo aquilo. Ele era um pássaro, nascera para cantar. Aquela madrugada que raiava para presenciar sua morte, não tinha sido ela sempre a sua grande amiga? Não ficara ela tantas vezes a escutar suas canções de silêncio? Por que o haviam arrancado a seu sono povoado de aves brancas e feito marchar em meio a outros homens de barba rude e olhar escuro?
<br />Pensou em fugir, em correr doidamente para a aurora, em bater asas inexistentes até voar. Escaparia assim à fria sanha daqueles caçadores maus que o confundiam com o milhafre, ele cuja única missão era cantar a beleza das coisas naturais e o amor dos homens; ele, um pássaro inocente, em cuja voz havia ritmos de dança.
<br />Mas permaneceu em sua atonia, sem acreditar bem que aquilo tudo estivesse acontecendo. Era, por certo, um mal-entendido. Dentro em pouco chegaria a ordem para soltá-lo, e aqueles mesmos homens que o miravam com ruim catadura chegariam até ele rindo risos francos e, de braços dados, iriam todos beber manzanilla numa tasca qualquer, e cantariam canções de cante-hondo até que a noite viesse recolher seus corpos bêbados em sua negra, maternal mantilha.
<br />As ordens, no entanto, foram rápidas. O grupo foi levado, a coronhadas e empurrões, até a vala comum aberta, e os nodosos pescoços penderam no desalento final. Lábios partiram-se em adeuses, murmurando marias e consuelos. Só sua cabeça movia-se para todos os lados, num movimento de busca e negação, como a do pássaro frágil na mão do armadilheiro impiedoso. O sangue cantava-lhe aos ouvidos, o sangue que fora a seiva mais viva de sua poesia, o sangue que tinha visto e que não quisera ver, o sangue de sua Espanha louca e lúcida, o sangue das paixões desencadeadas, o sangue de Ignácio Sánchez Mejías, o sangue das bodas de sangre, o sangue dos homens que morrem para que nasça um mundo sem violência. Por um segundo passou-lhe a visão de seus amigos distantes. Alberti, Neruda, Manolo Ortiz, Bergamín, Delia, María Rosa - e a minha própria visão, a do poeta brasileiro que teria sido como um irmão seu e que dele viria a receber o legado de todos esses amigos exemplares, e que com ele teria passado noites a tocar guitarra, a se trocarem canções pungentes.
<br />Sim, teve medo. E quem, em seu lugar, não o teria? Ele não nascera para morrer assim, para morrer antes de sua própria morte. Nascera para a vida e suas dádivas mais ardentes, num mundo de poesia e música, configurado na face da mulher, na face do amigo e na face do povo. Se tivesse tido tempo de correr pela campina, seu corpo de poeta-pássaro ter-se-ia certamente libertado das contingências físicas e alçado vôo para os espaços além; pois tal era sua ânsia de viver para poder cantar, cada vez mais longe e cada vez melhor, o amor, o grande amor que era nele sentimento de permanência e sensação de eternidade.
<br />Mas foram apenas outros pássaros, seus irmãos, que voaram assustados dentro da luz da antemanhã, quando os tiros do pelotão de morte soaram no silêncio da madrugada."
<br />(Réquiem para Federico Garcia Lorca),Vinicius.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-78218682723513776802011-05-15T23:34:00.000-07:002011-05-15T23:39:15.949-07:00(Há)bismoshaver (ha-ver)<br /><br /> <br />v.i. (impes.) Existir.<br />Suceder, acontecer; ocorrer: <br /><br /> Me espera chorar. –ele disse.<br />Me espera derramar o último vestígio de ti. Espera pra ver que quando saíres daquela porta, eu conseqüentemente hei de cair de uma altura inestimável. Não espero que me segures, mas espero que veja em que abismo me meti. O ato de ir ao precipio só não é mais lastimável do que a duvida de me jogar. Entreguei-me de malas prontas a teu ser. Sem carta de recomendação, fui amante traído. Sem carta de rescisão,fui subjugado e subvertido. Já não eram mais os verões que eram frios, mas nossas palavras que já não eram mais quentes. Já não se tratava de um céu cinzento, mas de uma neblina suja que impairava sobre nossas cabeças. O curativo que já não escondia mais, o que de fato já não havia. Estancou-se o sangue e tudo que havia ao redor era submetido a uma dor certeira e constante. Em meu lugar, ocuparam-se de dúvidas, enquanto que em teu lugar assentaram-se questões. Pedaços de seu ser eram inevitavelmente costurados e dilacerados ao longo do tempo. A agulha transpassava na dor e na esperança de que juntássemos os restos de seu ego inquebrantável. As cores saturadas tomavam corpo por dentro da insolação daqueles dias que se arrastavam e tropeçavam enquanto que nossas vidas ruíam. Tudo perdera sabor como quem perde dignidade. A felicidade do mundo se tornara cada vez mas hipócrita enquanto que a honestidade assemelhava-se ao enjoô. Não me cabia mais tamanho ser desconhecido dentro de mim apelidado de eu mesmo. Saí na esperança de que um ser ainda sobrevivesse até perceber que a alma de ambos já haviam sido devidamente depositadas no caixão da vida. Daquelas vidas que respiram já sem alma e carregam eternamente a carcaça da dor, achei-me em uma delas.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-3059492326816618352011-03-18T00:47:00.000-07:002011-03-18T01:00:44.215-07:00circulo viciosoVirara círculo de fogo. Daqueles em que só o ar por fim, era capaz de se alastrar. O choque da chuva em rigor ao asfalto denunciava a veracidade de caminhos possíveis de se velejar. Seus olhos eram aspirais originárias do espaço que destacavam-se ao branco do infinito. Era sinal de fumaça decorrente de crime a queima-roupa. Seu coração agora já salteava em fusos arteriais por crateras de seu corpo. Sua alma trilharia um novo caminho logo adiante. Seus lábios eram azul-anil afim de achar algo poético naquela cena estupidamente fatal. Em meus ouvidos sua voz encadeava loucura por caos á cordas vocais. Era sórdido demais pensar que aquilo passara apenas de um sonho.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-48765517227982666922011-03-14T19:41:00.000-07:002011-03-14T20:33:17.245-07:00Propriedade do mundo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKVBX1vYky44mipYzHH971oYq2YAN_bnCc5Z3Z6iF4Zt0UN4tQGOxN2xGBZqlUy6W2Wt7OUr8Chtk2dETOz8-ney5kY3nJ1e6eSwWbdCvIrn_D0IH9jIJhxDBzLM907vucupYT_5WYY2E/s1600/rerete.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKVBX1vYky44mipYzHH971oYq2YAN_bnCc5Z3Z6iF4Zt0UN4tQGOxN2xGBZqlUy6W2Wt7OUr8Chtk2dETOz8-ney5kY3nJ1e6eSwWbdCvIrn_D0IH9jIJhxDBzLM907vucupYT_5WYY2E/s320/rerete.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5584144432638582642" /></a><br />Camada por camada era exposta pela certeza do toque e da serena incisão. A poça de água eternizava seu momento de narciso. Afundou-se no mar que mais se assemelhava ao fundo oco do espaço e soltou lágrimas na esperança de que lavasse sua alma e a tranforma-se no originário mais sutil. Nessa maestria sua que ninguém compreenderia,reduziu-se em partes de um mosaico que de sentimentos,haveria de ser complementado. Faíscas saiam de seus risos e espantavam qualquer um que um dia poderia a vir a lhe seguir. Estrelas,aventureiras em sua forma mais genuína, vigiavam seus pensamentos tórridos de longe mas timidamente confiantes de que um dia cairias em seu próprio feitiço. A incapacidade do sentir era espelho de seu coração frívolo e já sem vida,afogou-se em beira-mar não apenas sozinho,mas eternamente acompanhado de sua própria solidão.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-57417247275630633382011-03-06T18:33:00.000-08:002011-03-06T19:02:44.815-08:00Solstício de Verão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0_KLR5vuD_0iIBDj_uu2Tq1rQb1kgI5WeM-iSPe_FId_lCUHsbcr-mRHC95lrmeFKGoZLkmt5KM49xkMpgZBXCDWH7_-dZeTKiSCTmv1bH7L-pRl5X77a6NOcYjrHbhRNdZLde0QcsZI/s1600/ewere.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0_KLR5vuD_0iIBDj_uu2Tq1rQb1kgI5WeM-iSPe_FId_lCUHsbcr-mRHC95lrmeFKGoZLkmt5KM49xkMpgZBXCDWH7_-dZeTKiSCTmv1bH7L-pRl5X77a6NOcYjrHbhRNdZLde0QcsZI/s320/ewere.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581164078438113618" /></a><br />Seus olhos haviam sido pintados de aquarela naquela manhã. O sol que timidamente nos comprimentava,contagiava-se por sua energia. Era papel de estrela,aparecer e ser codjuvante do seu brilho. Você brincava com meus cabelos agora claros e ondulados contrastantes com a minha pele. Contrastava mais que sua própria imagem. Nossos pés juntos denunciavam que era amor de perca. Em linhas tortas da rua,tudo se perdia e se esvairava. O que se ganhava era esgotado a última gota de perdão. A dança da vida nos fazia fantoches de nossa própria ilusão. Sua pele havia empalidecido. Seus olhos pareciam empalhados por mãos agudas. Suas mãos denunciavam sua ausência de toque em meus braços. Sua alma era oca e residia apenas resquisio de sentimento fresco. O Sol alinhou-se ao seu coração e sua energia tomou para si.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-1666241628113532682011-02-26T23:11:00.000-08:002011-02-26T23:26:41.137-08:00animalescoperturbava-me o cheiro que antes ia de encontro ao meu e hoje já se assemelhava a podridão. O ser renegado de todos sentimentos mundanos e olhares satisfatórios. Via -se a nitidez que se tornara um animal,como se ao revirar o lixo,estivesse a se deparar com a sujeira humana. Achava algo palatável omo se houvesse procurado na humanidade,um ser livre de depravacões e por fim,achasse. Retirava-se toda sua bondade afim de torna-lhe a imagem e semelhanca do homem. Energias eram despedacadas em mordidas certeiras que denunciavam a sua fome por algo palpável do sentir. Seu rosto indecifrável aliado a sua ausência de sanidade. A carne humana passara a ser seu divertimento fugaz. Tornastes do mais terrivel ao mais necessitado.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-74047140257952609512010-12-21T19:00:00.000-08:002011-04-06T10:09:28.490-07:00Já passara do insolúvel todos esses sentimentos que estavam escancarados á nossas vistas. E estas,-já dilatadas como se em seus fundos ocos transparecesse o final de nossa corda bamba do universo- estampavam apenas nossas injúrias compartilhadas e eternizadas por aquele espaço,que do físico nos remete as estrelas e do real nos remete ao frescor de nossas vidas.Seios encaravam feições e pernas entrelaçavam sentimentos que não podiam ser soltados por elas.Berro pelo efeito que seu toque aniquila e remove todo o senso que ainda deturpado me absorve de sorrisos e me aluga de perdões.Arranca pedaços para a construção de um novo ser absolvido de ilusões e decadências. O breu da noite esconde verdades nunca antes ditas por esses astros e transparece a mentira destes sentimentos nossos irreais.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-53543667983586963222010-10-15T17:39:00.000-07:002010-10-15T20:48:06.424-07:00Ode á liberdade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz99QANmosTU09gMybg9WNaZEH__ewjmMJIDn0f_i08rGmAvrW7IVOpolf8jb5AQkwpiyY7FjMnK2dOKe0TcING2VIsY3qa81IlDi1PwEcYHa_vu3r4-L8oK5TfbmQPqINIjsPVuRhTWQ/s1600/rfert.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz99QANmosTU09gMybg9WNaZEH__ewjmMJIDn0f_i08rGmAvrW7IVOpolf8jb5AQkwpiyY7FjMnK2dOKe0TcING2VIsY3qa81IlDi1PwEcYHa_vu3r4-L8oK5TfbmQPqINIjsPVuRhTWQ/s320/rfert.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528440449414054050" /></a><br />É do feito e desfeito que me desmonto e não obedeço.<br />É do intenso que alimento minhas fugas sensoriais do inseguro. A necessidade do líbido pouco proibido solúvel em meus caminhos transfusos entre sangue e ofegante oxigênio,a destribuir-se em meus membros,que confusos trocam calor á sua imagem e semelhança.<br />O algo que me tira do respirar aparente mas que me trás o sufocar como nova forma de viver. Quero a liberdade de sentir-me redescoberta por você a cada novo episódio. Que eu sinta seu sorriso lembrando de minhas feições a cada novo despertar. Que nossas pernas troquem o mesmo calor que provoca arrepio,que suem da mesma unidade,de nós mesmos.<br />Sentir-me alimentada ao ver o eu abraçado por suas artérias ao encontro de um só coração.<br />Necessito do odor de nossos corpos em transe para sentir-me livre do amargar de meus sentimentos.<br /> A premissa do interiorizar nossos momentos para nós mesmos enquanto que o tempo nos estaciona e o teto nos reprime,parece ser a mais aceitável nesse momento.<br />Lágrimas nessa noite estarão marcadas no asfalto eternamente,assim como a nicotina encrava-se e sepulta um buraco a cada dia em meu novo ser dependente de seu olhar oco,que mesmo quando quer não expõe o mesmo que seus lábios suplicam.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-75551262402846252452010-09-05T17:23:00.000-07:002010-09-05T17:40:34.320-07:00Hoje decidi pensar em você.<br />Em meu alto sadismo temperamental aliado ao impuro e o indesejável. A repulsa do estar em você,sabendo que o mesmo compoem-se dentro de mim. Enlaço-me em meus enjoôs ao sentir sua presença a me confrontar.<br />A sina estampada em meus olhos vazios ao encontro de seus olhos negros ociosamente libertinos. <br />Troco-me por você afim de presenciar o orgânico e o inóspito ao fundo de sua alma que corrompe o caminho infertil do teu ser. O ser inexistente de esperança,impagavelmente inafiançável da prisão de seus sentimentos. E assim se foi,num suspiro agradável que antes me sufocara,pensei em você.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-461383932330203422010-05-17T18:42:00.000-07:002011-02-26T23:30:50.497-08:00<div>O eterno espreguiçar da manhã o trás sentido a cada derme de meu redescoberto corpo<br />ao alarmar não perturba mesmo que de frívolo não há,mas acalenta meus sentidos.<br />Corridos por sanguineo caminho,me corrompe a tempo de marca-passo por entre desvios arteriais.<br />Seu sorriso afeiçoou-se em minhas veias<br />Aquelas que o descobrem em cada desterro do teu inescrúplo ser<br />A penumbra ao comprometer nossos passos já tão premeditados desfaz em mim mas que<br />ao teu toque nasce um novo som em minhas correntes<br />trás o novo motivo do pulsar por entre paredes,você mesmo.<br /></div>Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-32441278415225775312010-05-09T01:23:00.000-07:002010-05-09T01:35:09.752-07:00hoje o samba caiuo que não se desfaz em descaso mas se corrompe em poder.<br />Enficar-se na culpa é abraçar-se do perigo que já não há,mas ao que recorrer.<br />Procuro na memória o enfim,o flertar da noite em que nos enlaçou e que nos entregou ao meu triste fim. Aquele de histórias que não contem final feliz,mas que o riso sórdido nos deixa aquém dele mesmo.<br />O valer a pena não se passou,de enfim uma grande descrença para com o sorriso alheio.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-62290368935364224832010-04-23T20:39:00.000-07:002010-04-23T20:51:32.720-07:00Nas arestas do inócuo estelar<br />Em tom de soneto de separação<br />Estava escrito<br />O descaminho de nossos passos<br />rasos e espaços<br />O furor de falsa ventania<br />sucumbiu o fundo do copo<br />requalificou-se<br />qualificou-se passivel de entendimento outra vez<br />passastes a enxergar<br />mesmo depois que<br />furastes seus olhos para que cantasses melhor<br />Até que o sol caiu<br />ao tempo de enxugar suas máguas por entre nuvens carregadas de ódio outra vez.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-49859425769826440472010-04-04T16:28:00.000-07:002010-04-04T17:10:32.535-07:00hesito a destruição imediata,prefiro o sofrer ensaserbado ao contactuar com o oxigênio do mundo.<br /><br />Nossas palavras chocavam-se já em suas cordas vocais<br />nosso gestual já não era espotâneo como antigo exalar da felicidade.<br />pergunto-me por quê? já não mais.<br />tire-me carências existênciais corridas sobre meus lábios propositalmente confusas e ofuscadas por lágrimas que,em seu talo são formadas de frieza sutil. A frieza na qual enfartava-se de carinho pulsante ao espaço fingidamente bucólico,mas que ao redor,cantarolavam-se a sentença de morte.<br />A água corrida mistura-se ao envenenamento dessas mesmas lágrimas que correndo ao meu corpo e limpando minha alma superficialmente,acabaram num passeio pelo ralo,vontando ao mesmo lugar de origem: A boca-suja do mundo.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-4662330200926806232010-03-22T12:04:00.000-07:002010-03-22T12:41:55.255-07:00cante em tom maior.Nublei-me o olfato afim de guardar o teu ultimo cheiro junto a mim.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-67339242178257628442009-12-15T05:58:00.000-08:002009-12-15T06:16:58.969-08:00Me leve a mal.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGDEMms6KjuksD3u68gs-WJsOpdAZ3hcERdeVJfcIW4VqB6UFBYSQpZIkfb7Zq7SiavKKYOWX0AlAlovtOOyO5zmdCt2K8iv8RrzvgBfNhrWGxgbo9PF_s7XOMQCTKeYBg3oP8EawCfIo/s1600-h/hiohgih.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415464021896523490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 312px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGDEMms6KjuksD3u68gs-WJsOpdAZ3hcERdeVJfcIW4VqB6UFBYSQpZIkfb7Zq7SiavKKYOWX0AlAlovtOOyO5zmdCt2K8iv8RrzvgBfNhrWGxgbo9PF_s7XOMQCTKeYBg3oP8EawCfIo/s320/hiohgih.jpg" border="0" /></a> enlaço-me no espelho buscando o bruto Eu sem lapidações ao fundo de minhas pulsantes veias.<br />Me diz com que cara vou sair? Como poema murro entrelaço no inócuo do espaço,jogada as tranças do mar que ão de me levar a tua impágavel vingança que,alojada em mim sem pedir permissão nem hora de chegada,está á frente de outras bastas preocupações.<br />Me tira os olhos das mãos,a faça revestida de culpa dos meus tendões,agora irremediavéis de nunca mais saltarem aos céus,mas fixos ás entranhas do asfalto da realidade.<br /><div></div>Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-39159727993410335552009-11-04T08:36:00.000-08:002009-11-04T09:59:41.023-08:00morre-se aos poucos.bromélias dilatam a sua submersa dor.Lágrimas em sereno as servem de consolo.Na frente do cortejo,a luz negra dos teus olhos abrem feridas intérpidas que eclodem em meu corpo,acendendo tristezas que antes eram belezas apagadas num fundo vazio,mas que agora esvairam pela corrente do asfalto...Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-18294149260212699792009-09-14T16:40:00.000-07:002009-09-14T16:54:59.497-07:00"com pedaços de mim,monto um ser atônito"Beirando a dissertação sobre um coração leviano,diga-se de passagem,que não será de ninguém,procuro em falhas memórias,a necessidade de escrever.Por ineficiência,me desmancho em frases,que de concordância não há,que de sentido literal me empobreço.<br />De palavras,estancava-se o sangue de uma visível ferida,sepultando-a e ao mesmo tempo pedindo-a descrição,demorei para perceber que,quando se chega ao fundo do poço,é imprensidivel a visão do inócuo.Tentei tirar de cinzas alguma chama,da borra,algum sustento na realidade.<br />O nada se passou.<br />Sobrevivendo as artimanhas daquele injusto em que nos situamos,até que o dia abriu morto em mim,até que o incrédulo tempo estacionou-me.<br /><br />E de lá pra cá não regrido. (e nem quero.)Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-86675127519850601792008-12-11T06:37:00.000-08:002008-12-11T06:48:01.602-08:00vôouNão há explicação.<br />O sentimento da falta de palavras.A válvula de escape.A inevitável vontade de te ter como parâmetro de vida.O vazio de estar tão perto e ao mesmo tempo tão inatingivel,numa distância além dos céus.<br />Passaram os dias,até ver que essa distância tomou aquela proporção indesejada,mesmo que fazendo parte de mim,e nem um fisgar em sua consiência o teve (?)Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-51510274507556676642008-06-19T19:11:00.000-07:002008-06-19T19:12:43.440-07:00só pra matar um pouco a saudade<br />mesmo assim querendo que você não ouça<br />meu grito aqui de longe<br />minha dor, meu lamento.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-80297703927415718612008-06-10T18:51:00.000-07:002008-06-10T19:23:08.745-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbjY_Y2_RHmKElpSsbvnlNZTATLoQQAE7xM4gPGSFeAEFYAHyykbYBiwP5Fij86ZYGHr14XObYcIXu-iFp7pLxUaCk59wE095_UjfsGgMBmyBdteJKqiMFJnVcjKnYwgVttSRqPwByBRU/s1600-h/crop!.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5210442075813667794" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbjY_Y2_RHmKElpSsbvnlNZTATLoQQAE7xM4gPGSFeAEFYAHyykbYBiwP5Fij86ZYGHr14XObYcIXu-iFp7pLxUaCk59wE095_UjfsGgMBmyBdteJKqiMFJnVcjKnYwgVttSRqPwByBRU/s320/crop!.jpg" border="0" /></a><br /><div>Era o cheiro de novidade a provocar meus sentidos.Era a previsão de uma nova chance,mas o que mais me deixava estigada era o fato de simplismente essas pessoas não a aceitarem.Fui-me em direção a uma caixa de palitos e lá desfiz toda a minha raiva contra a incensatez alheia e, roçando meus dentes de forma quase como uma alto-mutilação,tomei-me conta da tamanha injustiça que havia feito.Vi,perfeitamente espelhado,todos as minhas faltas e todos meus anseios sendo expostos de forma vergonhosa.Senti-me presa a uma imagem da qual nunca conseguiria sustentar,nem que mudasse minha postura na cadeira de um ônibus,eu não estaria sendo,alí,eu mesma.A intuição de que estava me posicionando no lugar errado,me deu a dimensão necessária para me distrair e perder o pensamento de vista.</div>Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1220692565748637390.post-85730516936971046432008-05-28T18:49:00.000-07:002008-05-28T19:19:27.440-07:00Talvez o óbvio não faça parte da previsibilidade.Talvez a incoerência seja a minha maior aceitação.Poderia muito bem não suportar todos esses fatos e fazer da minha dialética algo mais saudável e mais sórdido.Ou posso muito bem acreditar que a humanidade foge do padrão de produzir fatos coerentes.Ou posso simplismente achar que a humanidade deveria tomar grandes porções de chás alucinógenos.Florence Gastonhttp://www.blogger.com/profile/11449691557197913532noreply@blogger.com3