terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Já passara do insolúvel todos esses sentimentos que estavam escancarados á nossas vistas. E estas,-já dilatadas como se em seus fundos ocos transparecesse o final de nossa corda bamba do universo- estampavam apenas nossas injúrias compartilhadas e eternizadas por aquele espaço,que do físico nos remete as estrelas e do real nos remete ao frescor de nossas vidas.Seios encaravam feições e pernas entrelaçavam sentimentos que não podiam ser soltados por elas.Berro pelo efeito que seu toque aniquila e remove todo o senso que ainda deturpado me absorve de sorrisos e me aluga de perdões.Arranca pedaços para a construção de um novo ser absolvido de ilusões e decadências. O breu da noite esconde verdades nunca antes ditas por esses astros e transparece a mentira destes sentimentos nossos irreais.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ode á liberdade


É do feito e desfeito que me desmonto e não obedeço.
É do intenso que alimento minhas fugas sensoriais do inseguro. A necessidade do líbido pouco proibido solúvel em meus caminhos transfusos entre sangue e ofegante oxigênio,a destribuir-se em meus membros,que confusos trocam calor á sua imagem e semelhança.
O algo que me tira do respirar aparente mas que me trás o sufocar como nova forma de viver. Quero a liberdade de sentir-me redescoberta por você a cada novo episódio. Que eu sinta seu sorriso lembrando de minhas feições a cada novo despertar. Que nossas pernas troquem o mesmo calor que provoca arrepio,que suem da mesma unidade,de nós mesmos.
Sentir-me alimentada ao ver o eu abraçado por suas artérias ao encontro de um só coração.
Necessito do odor de nossos corpos em transe para sentir-me livre do amargar de meus sentimentos.
A premissa do interiorizar nossos momentos para nós mesmos enquanto que o tempo nos estaciona e o teto nos reprime,parece ser a mais aceitável nesse momento.
Lágrimas nessa noite estarão marcadas no asfalto eternamente,assim como a nicotina encrava-se e sepulta um buraco a cada dia em meu novo ser dependente de seu olhar oco,que mesmo quando quer não expõe o mesmo que seus lábios suplicam.

domingo, 5 de setembro de 2010

Hoje decidi pensar em você.
Em meu alto sadismo temperamental aliado ao impuro e o indesejável. A repulsa do estar em você,sabendo que o mesmo compoem-se dentro de mim. Enlaço-me em meus enjoôs ao sentir sua presença a me confrontar.
A sina estampada em meus olhos vazios ao encontro de seus olhos negros ociosamente libertinos.
Troco-me por você afim de presenciar o orgânico e o inóspito ao fundo de sua alma que corrompe o caminho infertil do teu ser. O ser inexistente de esperança,impagavelmente inafiançável da prisão de seus sentimentos. E assim se foi,num suspiro agradável que antes me sufocara,pensei em você.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O eterno espreguiçar da manhã o trás sentido a cada derme de meu redescoberto corpo
ao alarmar não perturba mesmo que de frívolo não há,mas acalenta meus sentidos.
Corridos por sanguineo caminho,me corrompe a tempo de marca-passo por entre desvios arteriais.
Seu sorriso afeiçoou-se em minhas veias
Aquelas que o descobrem em cada desterro do teu inescrúplo ser
A penumbra ao comprometer nossos passos já tão premeditados desfaz em mim mas que
ao teu toque nasce um novo som em minhas correntes
trás o novo motivo do pulsar por entre paredes,você mesmo.

domingo, 9 de maio de 2010

hoje o samba caiu

o que não se desfaz em descaso mas se corrompe em poder.
Enficar-se na culpa é abraçar-se do perigo que já não há,mas ao que recorrer.
Procuro na memória o enfim,o flertar da noite em que nos enlaçou e que nos entregou ao meu triste fim. Aquele de histórias que não contem final feliz,mas que o riso sórdido nos deixa aquém dele mesmo.
O valer a pena não se passou,de enfim uma grande descrença para com o sorriso alheio.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nas arestas do inócuo estelar
Em tom de soneto de separação
Estava escrito
O descaminho de nossos passos
rasos e espaços
O furor de falsa ventania
sucumbiu o fundo do copo
requalificou-se
qualificou-se passivel de entendimento outra vez
passastes a enxergar
mesmo depois que
furastes seus olhos para que cantasses melhor
Até que o sol caiu
ao tempo de enxugar suas máguas por entre nuvens carregadas de ódio outra vez.

domingo, 4 de abril de 2010

hesito a destruição imediata,prefiro o sofrer ensaserbado ao contactuar com o oxigênio do mundo.

Nossas palavras chocavam-se já em suas cordas vocais
nosso gestual já não era espotâneo como antigo exalar da felicidade.
pergunto-me por quê? já não mais.
tire-me carências existênciais corridas sobre meus lábios propositalmente confusas e ofuscadas por lágrimas que,em seu talo são formadas de frieza sutil. A frieza na qual enfartava-se de carinho pulsante ao espaço fingidamente bucólico,mas que ao redor,cantarolavam-se a sentença de morte.
A água corrida mistura-se ao envenenamento dessas mesmas lágrimas que correndo ao meu corpo e limpando minha alma superficialmente,acabaram num passeio pelo ralo,vontando ao mesmo lugar de origem: A boca-suja do mundo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

cante em tom maior.

Nublei-me o olfato afim de guardar o teu ultimo cheiro junto a mim.