quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

inebriante


destinadamente,é ignorância não admitir que o inexistente em mim,é o maior desinteria em você.Deixar luzes acesas e questionar a razão dos jogos de palavras.fui-me e dei-me conta da imensidão dos pensamentos desaflorados que germinaram em mim,e literalmente não deixo que note o meu maior incômodo disto.Me tenho sozinha e rodeada pelo cheiro limpido e suportável do concreto mais as suas lágrimas á altura de mim,com cevada espalhada por meus argumentos insistentementes inválidos pelo grau do tal,do charme em elegância da pessoa que aqui estou em desdobrar palavras em cima de uma superficie nada limpida por conter restos inimáginaveis e agora existentes,que nada mais faz sentido para ninguem.Oque resta é a desistência ou a iniciativa.Pela iniciativa,me tento congestionada,pois sei que os inebriantes sentidos humanos digo de passagem porcamente ao abismo do ridiculo,teimam em reagir no final encantador da tarde.Oque me resta é dizer que desisto do alter-ego,deixando-o petrificado em minhas palavras que imploram por coordenação e alguma pidada de senso.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

existem certos momentos para dizer o que teima em nos traduzir e nos contradizer.O que me expressava era o pulsar demasiadamente frio que vc deixava fluir em frases nada correspondidas.Desisto.Não cabe pensamento mais duvidoso em meus pensamentos,não contem mais fulgor um tanto transparente por minhas palavras e muito menos pelas ambas as partes.Me faço dizendo que desistir antes do que se inicia é prender o ar por entre essas paredes,mas não testo mais minhas facetas em humanos que não se prendem a mim.Na cevada,não me quero mais correspondida.Sinto por terminar capitulos que teimam em "desgringolar" em multi-facetas pré-planejadas,ironicamente inventadas.desisto.Chega do inoportuno.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

"Todo mundo” não gosta de ver no palco suas íntimas chagas, suas inconfessas abjeções."
sempre se pondo em lugar de subjeção,mesmo que o faça sem o menor cabimento.Quando confesso o que escorregou com fulgor por entre nossos dedos,que fundindo matéria humana e alcatrão,não falo para que os ponteiros estejam frenéticos,mas sim,por tentar pôr em mim o próprio fracasso desajeitado e "normal" da espécie.Não é por que só traduzo vc em um unico assunto,que isso faça sentido pra mim.Por que é irreal,irredutivel.Nada passa de uma subconciência correndo atrás do tempo perdido.


laying on the bathroom floor
kitty licks my cheek once more
and I could try
but waking up is harder when you wanna die
Walter’s on the telephone
telling him I am not at home
‘cause I think I am going
to a place where I’m always high

my name is Elizabeth

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

os que propõem um banho de sangue

http://paginas.terra.com.br/arte/ecandido/mestr177.htm

Sempre dos mais intelectos um sempre sofre de frénetica conciência.
"Algo que permita
Que a libido exista
O bem que contamina
Algo que permita
Que a libido exista
O bem que contamina
Vem com muita sutileza
Isto serve para unir
Guarde tudo com você
Lembro como era bom
E minto que não sei amar."
"-felipe S. que é poeta! felipe S. acende o cigarro do avesso. (?) "

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

estrábico não!


uma noite chegou à minha porta, pele e ossos molhado batido
assustado,
era um gato branco estrábico rabão.
deixei-o entrar alimentei-o foi mais um em casa
deu-me a sua carinhosa confiança,
até que um dia um fulano,
estacionado na minha garagem,
passou com o automóvel por cima do gato estrábico rabão.
levei imediatamente o que dele restava a um veterinário que disse:
"não há muito a fazer... dê-lhe estes comprimidos... tem a espinha
partida, mas já antes foi partida e de algum modo
conseguiu sarar, se sobreviver não voltará a andar, olhe
estas radiografias, deram-lhe um tiro,
veja estes pontos escuros,
são chumbadas enquistadas... além disso já teve cauda
e alguém lhe cortou...(as noites passaram)»
uma tarde fez o seu primeiro movimento
arrastando-se com as patas dianteiras
(as traseiras não queriam mover-se)chegou até ao canto onde lhe tinha preparado a cama
arrastou-se mais um pouco e deixou-se cair nela.
foi como o som de um clarim pressagiando a vitória possível,
ensurdecendo o quarto de banho, espalhando-se pela cidade.
então contei ao gato que também eu tinha passado um mau bocado, não tão mau como o dele,
mas bastante mau...
uma manhã ergueu-se, ficou imóvel sobre as patas e logo caiu de costas, olhava-me mansamente.
"és capaz" disse-lhe.
ele insistiu, levantava-se e tornava a cair, uma vez e outra,
finalmente
deu uns poucos passos, era a viva imagem de um bêbadoas patas recusavam-se a obedecer-lhe, caiu outra vez, descansou
e de novo se ergueu.
conhecem o resto da história: está melhor que nunca.
estrábico, quase sem dentes, mas recuperou a graça e aquele olhar
pícaro nunca o abandonou.
algumas vezes fazem-me entrevistas, querem saber
da minha vida, da minha literatura,
embriago-me, levanto nos braços o meu gato
estrábico, ferido com bala, atropelado duas vezes, rabão
e digo: "olhem, olhem isto!!!"eles não entendem nada, insisto, nada de nada, perguntam
algo como: "reconhece influências de Celine?""não", ergo o meu gato, "por causa do que acontece, coisas
como esta, como esta!!!"
sacudo o meu gato, levo-o
para a luz enevoada de fumo e álcool, está sereno, ele sabe...e nesse momento a entrevista termina.
às vezes sinto-me orgulhoso quando vejo as fotografias,
lá estou eu, lá está o meu gato, fomos
fotografados juntos,
também ele sabe que são ninharias, mas de algum modo ajudam-nos.
(Charles bukowski)

domingo, 6 de janeiro de 2008


Questionando a existência do favor ao próximo,pode se afirmar que tudo é beneficio próprio.Mesmo favorecendo o sucessor,o grande ar de satisfação sempre nos pega em momentos embasbacados,em tempo de se questionar o por quê de um misero favor voluntário.Então favorecendo por aí,reciclando o interior com ares mais que sentidos,sempre pensando que o favorecimento á aquele que necessita sempre nos vem de volta em maior força de gratidão.

sábado, 5 de janeiro de 2008

o que há mesmo sem elas?


o que nos resta para poupar-nos dessa raça humana tão singela e tão necessitada no histórico de cada um?Sempre tende-se a imaginar que os mais providos de contagiante alegria,são os mais infundados e sem cabimento,os mais sem nada para se escrever numa biografia de 10 páginas?O que me tem são páginas amareladas em 1964 narrando uma balada do café triste.Não se dá o prazer de provar um descabimento do alheio.Só restam livros pra me dizer que a realidade insiste em estar emplantada em mim.Em cada 100 anos de solidão alguns querem desafiar com voracidade esses desafios da natureza humana.Não quero estar nessa própria miséria em volta de uma pessoa que não sente nem um fisgar,com minhas tentativas mesmo que poucas,infinitas que andam se esgotando.Não preciso dessa raça humana podre que corrompe todos os pensamentos mais vividos e transformam em corpos desfigurados.Me sinto no maior direito de dizer que não quero isso denovo para mim.Mas seria a mesma coisa que esperar por uma expectativa de que uma criança pare para conversar com você na rua.São duas coisas tão sublimes quanto inexistentes. Não presto para expectativas de uma pessoa super positivista que você é.Muito negativista? Apenas colocando os negativos em seus respectivos lugares.