terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Me leve a mal.

enlaço-me no espelho buscando o bruto Eu sem lapidações ao fundo de minhas pulsantes veias.
Me diz com que cara vou sair? Como poema murro entrelaço no inócuo do espaço,jogada as tranças do mar que ão de me levar a tua impágavel vingança que,alojada em mim sem pedir permissão nem hora de chegada,está á frente de outras bastas preocupações.
Me tira os olhos das mãos,a faça revestida de culpa dos meus tendões,agora irremediavéis de nunca mais saltarem aos céus,mas fixos ás entranhas do asfalto da realidade.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

morre-se aos poucos.

bromélias dilatam a sua submersa dor.Lágrimas em sereno as servem de consolo.Na frente do cortejo,a luz negra dos teus olhos abrem feridas intérpidas que eclodem em meu corpo,acendendo tristezas que antes eram belezas apagadas num fundo vazio,mas que agora esvairam pela corrente do asfalto...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"com pedaços de mim,monto um ser atônito"

Beirando a dissertação sobre um coração leviano,diga-se de passagem,que não será de ninguém,procuro em falhas memórias,a necessidade de escrever.Por ineficiência,me desmancho em frases,que de concordância não há,que de sentido literal me empobreço.
De palavras,estancava-se o sangue de uma visível ferida,sepultando-a e ao mesmo tempo pedindo-a descrição,demorei para perceber que,quando se chega ao fundo do poço,é imprensidivel a visão do inócuo.Tentei tirar de cinzas alguma chama,da borra,algum sustento na realidade.
O nada se passou.
Sobrevivendo as artimanhas daquele injusto em que nos situamos,até que o dia abriu morto em mim,até que o incrédulo tempo estacionou-me.

E de lá pra cá não regrido. (e nem quero.)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

vôou

Não há explicação.
O sentimento da falta de palavras.A válvula de escape.A inevitável vontade de te ter como parâmetro de vida.O vazio de estar tão perto e ao mesmo tempo tão inatingivel,numa distância além dos céus.
Passaram os dias,até ver que essa distância tomou aquela proporção indesejada,mesmo que fazendo parte de mim,e nem um fisgar em sua consiência o teve (?)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

só pra matar um pouco a saudade
mesmo assim querendo que você não ouça
meu grito aqui de longe
minha dor, meu lamento.

terça-feira, 10 de junho de 2008


Era o cheiro de novidade a provocar meus sentidos.Era a previsão de uma nova chance,mas o que mais me deixava estigada era o fato de simplismente essas pessoas não a aceitarem.Fui-me em direção a uma caixa de palitos e lá desfiz toda a minha raiva contra a incensatez alheia e, roçando meus dentes de forma quase como uma alto-mutilação,tomei-me conta da tamanha injustiça que havia feito.Vi,perfeitamente espelhado,todos as minhas faltas e todos meus anseios sendo expostos de forma vergonhosa.Senti-me presa a uma imagem da qual nunca conseguiria sustentar,nem que mudasse minha postura na cadeira de um ônibus,eu não estaria sendo,alí,eu mesma.A intuição de que estava me posicionando no lugar errado,me deu a dimensão necessária para me distrair e perder o pensamento de vista.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Talvez o óbvio não faça parte da previsibilidade.Talvez a incoerência seja a minha maior aceitação.Poderia muito bem não suportar todos esses fatos e fazer da minha dialética algo mais saudável e mais sórdido.Ou posso muito bem acreditar que a humanidade foge do padrão de produzir fatos coerentes.Ou posso simplismente achar que a humanidade deveria tomar grandes porções de chás alucinógenos.