segunda-feira, 17 de maio de 2010

O eterno espreguiçar da manhã o trás sentido a cada derme de meu redescoberto corpo
ao alarmar não perturba mesmo que de frívolo não há,mas acalenta meus sentidos.
Corridos por sanguineo caminho,me corrompe a tempo de marca-passo por entre desvios arteriais.
Seu sorriso afeiçoou-se em minhas veias
Aquelas que o descobrem em cada desterro do teu inescrúplo ser
A penumbra ao comprometer nossos passos já tão premeditados desfaz em mim mas que
ao teu toque nasce um novo som em minhas correntes
trás o novo motivo do pulsar por entre paredes,você mesmo.

domingo, 9 de maio de 2010

hoje o samba caiu

o que não se desfaz em descaso mas se corrompe em poder.
Enficar-se na culpa é abraçar-se do perigo que já não há,mas ao que recorrer.
Procuro na memória o enfim,o flertar da noite em que nos enlaçou e que nos entregou ao meu triste fim. Aquele de histórias que não contem final feliz,mas que o riso sórdido nos deixa aquém dele mesmo.
O valer a pena não se passou,de enfim uma grande descrença para com o sorriso alheio.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nas arestas do inócuo estelar
Em tom de soneto de separação
Estava escrito
O descaminho de nossos passos
rasos e espaços
O furor de falsa ventania
sucumbiu o fundo do copo
requalificou-se
qualificou-se passivel de entendimento outra vez
passastes a enxergar
mesmo depois que
furastes seus olhos para que cantasses melhor
Até que o sol caiu
ao tempo de enxugar suas máguas por entre nuvens carregadas de ódio outra vez.

domingo, 4 de abril de 2010

hesito a destruição imediata,prefiro o sofrer ensaserbado ao contactuar com o oxigênio do mundo.

Nossas palavras chocavam-se já em suas cordas vocais
nosso gestual já não era espotâneo como antigo exalar da felicidade.
pergunto-me por quê? já não mais.
tire-me carências existênciais corridas sobre meus lábios propositalmente confusas e ofuscadas por lágrimas que,em seu talo são formadas de frieza sutil. A frieza na qual enfartava-se de carinho pulsante ao espaço fingidamente bucólico,mas que ao redor,cantarolavam-se a sentença de morte.
A água corrida mistura-se ao envenenamento dessas mesmas lágrimas que correndo ao meu corpo e limpando minha alma superficialmente,acabaram num passeio pelo ralo,vontando ao mesmo lugar de origem: A boca-suja do mundo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

cante em tom maior.

Nublei-me o olfato afim de guardar o teu ultimo cheiro junto a mim.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Me leve a mal.

enlaço-me no espelho buscando o bruto Eu sem lapidações ao fundo de minhas pulsantes veias.
Me diz com que cara vou sair? Como poema murro entrelaço no inócuo do espaço,jogada as tranças do mar que ão de me levar a tua impágavel vingança que,alojada em mim sem pedir permissão nem hora de chegada,está á frente de outras bastas preocupações.
Me tira os olhos das mãos,a faça revestida de culpa dos meus tendões,agora irremediavéis de nunca mais saltarem aos céus,mas fixos ás entranhas do asfalto da realidade.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

morre-se aos poucos.

bromélias dilatam a sua submersa dor.Lágrimas em sereno as servem de consolo.Na frente do cortejo,a luz negra dos teus olhos abrem feridas intérpidas que eclodem em meu corpo,acendendo tristezas que antes eram belezas apagadas num fundo vazio,mas que agora esvairam pela corrente do asfalto...